sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

Decisão que Liberou a "Cura Gay"

Já li centenas, talvez milhares, de decisões judiciais ao longo da vida e essa do juiz que liberou psicólogos para tratar a orientação sexual é uma das piores e mais desastradas.

Ou esse juiz é homofóbico mesmo ou ele é tapadinho, coitado. Porque se a gente ler a resolução do Conselho Federal de Psicologia, a qual estava sendo julgada, fica claro que a intenção era evitar que psicólogos discriminassem gays e, expressamente, proibir os profissionais de realizar ou colaborar com "tratamento e cura da homossexualidade".

Daí o juiz, no começo, diz que a resolução é ótima, maravilhosa, que homossexualidade não é doença e não se pode de forma alguma propor a cura ou tratamento para o que não é doença. Até aí, ótimo, nota 10.

Porém, na hora de decidir, o energúmeno coloca que o Conselho Federal não pode punir os psicólogos que estudem cientificamente o assunto - a resolução não tem nenhuma menção a estudos científicos, mas até aí tudo bem, presumo que foi só burrice - e, também, mais importante, NÃO PODERÃO SER PUNIDOS PSICÓLOGOS QUE OFERECEREM TRATAMENTO DE "(RE)ORIENTAÇÃO SEXUAL". Porra, "reorientação sexual" é um eufemismo notório para a famigerada "cura gay". Se o Conselho não pode mais punir quem promove a "cura gay", o juiz acabou, por efeito inexorável desse entendimento, liberando, sim, a "cura gay".

A autora da ação é uma psicóloga evangélica fanática que disseminava asneiras sobre cura gay e assessora político da bancada da bíblia. Alguém acha que poderia vir coisa boa dessa pessoa quando o assunto é sexualidade? Alguém acha mesmo que dar razão a ela, como fez o juiz, pode ser bom, de alguma maneira? Então, por favor, isentões, não caiam nessa conversa do MBL e cia. de passar pano nessa decisão ridícula que libera, sim, por tabela, a "cura gay".

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O link, para quem quiser conferir essa desgraça, está aqui: https://d2f17dr7ourrh3.cloudfront.net/…/ATA-DE-AUDI%C3%8ANC…

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