quarta-feira, 26 de junho de 2013

A loucura e o acordar


Certamente estaria internado por alguma doença mental o sujeito que há duas semanas afirmasse categoricamente que, ainda em junho:

- O preço da passagem de ônibus diminuiria em São Paulo e em inúmeras outras cidades pelo Brasil.

- O Haddad iria cancelar a licitação do transporte público e falar abertamente em estatização do transporte público.

- O Alckmin iria reduzir a tarifa do trem e do metrô, cancelar o aumento dos pedágios e prometer aumento do valor do auxílio-habitação.

- O Renan Calheiros iria defender o passe livre.

- O Joaquim Barbosa teria que vir a público dizer que não tem a menor intenção de se candidatar à presidência.

- O STF iria, pela primeira vez na vigência da atual Constituição, mandar para a cadeira um parlamentar em exercício.

- A PEC 37 seria arquivada.

- O Congresso aprovaria a destinação dos lucros do petróleo em 75% para a Educação e 25% para a Saúde.

- A Dilma iria chamar representantes dos movimentos sociais para conversar e mobilizar o Congresso para fazer plebiscito sobre a reforma política, tendo como pauta o financiamento público de campanhas.

- A Câmara dos Deputados aprovaria o fim do voto secreto para cassação de parlamentar e a corrupção como crime hediondo (tudo com apoio de Renan Calheiros).

- A Comissão de Constituição e Justiça do Senado iria aprovar a PEC contra o trabalho escravo, que confisca a terra daqueles que mantêm empregados em condições de escravidão.

- O imposto sobre grandes fortunas voltaria à pauta política.

- Todos veriam que a polícia não tem vocação ou treinamento para lidar com movimentos sociais e reivindicatórios.

- Em plena Copa das Confederações, milhões e milhões de pessoas sairiam às ruas protestar e o assunto mais comentado seria política.

- Senadores iriam estar trabalhando durante o jogo do Brasil.

- A Globo teria interrompido a transmissão da novela das 9 para televisionar protestos.

- Após tudo isso, a oposição se limitaria a dizer que a maquiagem da Presidenta é muito cara.


Talvez isso seja o tal “acordar” do povo brasileiro.

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