sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Na Moral e Feminismo

Ontem o "Na Moral" foi sobre machismo. Até que foi interessante, mas acho que deveriam escolher melhor as pessoas que vão lá defender ideias. Digo, o lado feminista estava extremamente bem representado, mas o lado contrário estava um fracasso.

Havia uma autodenominada "filósofa", contrária ao movimento feminista, dizendo que as mulheres não devem nada ao feminismo, pois, segundo ela, o próprio avanço da democracia já permite a conquista de direitos pelas mulheres. É necessário ser filósofo para ver nesse argumento um engodo?

Ora, em Atenas havia "democracia" e as mulheres passavam longe de ter alguma voz. Hoje, a democracia já avançou bastante e ainda assim as mulheres são vítimas de violência doméstica, são assediadas na rua, ganham menos que o homem, não podem se vestir como bem entendem sem serem julgadas, etc. Inclusive, basta lembrar que se deu no Canadá, uma sólida democracia, o episódio do policial que reclamou das roupas das mulheres, dizendo que elas não deveriam se vestir como vadias, gerando protestos e desencadeando a famosa Marcha das Vadias mundo afora.

Quer dizer, o próprio conceito do que seja democracia é mutável no tempo e no espaço, e a história mostra que apenas a luta organizada dos oprimidos, tal como fazem as militantes feministas, gera a conquista de direitos, o que no fundo se traduz na distribuição do poder na sociedade - poder este que, no capitalismo desregulado, tende a se concentrar exclusivamente nas mãos dos mais ricos e conservadores.

Ainda, a "filósofa" afirmou que a repercussão negativa que recai sobre as mulheres vítimas de revanche pornô (divulgação pelo ex-namorado de vídeos de sexo do casal) não tem nada a ver com machismo, pois poderia existir o caso de homem ser filmado brochando, o que seria, também, igualmente vergonhoso. Porém, na verdade essa idéia acaba confirmando a tese feminista. Ora, o homem precisa brochar para ser estigmatizado (essa supervalorização da "potência" sexual é também uma forma de machismo); já para a mulher, só o fato de ter feito sexo já é motivo de vergonha, afinal, as mulheres são criadas, conforme a Bíblia, para se tornarem donzelas, subservientes aos homens (1 Coríntios 11:3; Efésios 5:23).

Se são nessa linha os argumentos antifeministas, não há dúvidas de que o movimento feminista é, sim, de suma importância para a efetivação da igualdade entre os sexos e, por consequência, para o fortalecimento da democracia.

E convenhamos, homens: brochante mesmo é mulher antifeminista.

Um comentário:

  1. Na minha opinião o feminismo e um movimento que cujo o objetivo e dizer que mulher e gente...OLHA só onde viemos parar.Na moral as mulheres e que se desvalorizam,em vez de fazer movimentos sociais contra o machismo e desigualdade.Por que não fazem contra a mídia?Por que se pararmos para pensar a ideologia social sobre mulher eo seguinte.

    PROPAGANDA DE CARROS=MULHER NUA

    PROPAGANDA DE CERVEJA=MULHER NUA
    Enfim vocês estão sendo consideradas apenas um objeto sexual para os homens.
    A sociedade diz que para você ser notada você deve ter seios grandes,nádegas grandes e etc..
    Revisem suas teorias e lutem contra vocês mesmas pois la no fundo um homem certo na avalia o tamanho dos seios mas o caráter,a fidelidade e assim por diante.
    Mulheres modernas são bem vestidas,éticas e inteligentes...E não turbinadas fisicamente.

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